domingo, 10 de maio de 2009

Dreamer, nothing but a dreamer

You, whoever you may be,

Tenho palavras que não saiem, de sentimentos que sinto, de coisas que penso, de futuros que tenho saudades, de situações que nunca aconteceram e de momentos que nunca vivi.

Não sei escrever sobre "eles". Não sei transformar actos intangíveis em palavras tangíveis.

Sei o que quero mas não como o quero. Sei que te quero, não sei como te tenha.

Mas sonho... sonho muito. Muito e bem. Intenso e real. Físico e vibrante. Onírico e transformador. Ontem e hoje, espero que também amanhã.

Porque sempre fui assim. Porque o meu subconsciente sempre equilibrou o lado mais selvagem, mais animalesco, mais bestial (de besta), mais idiota (de grandes ideias), sempre serviu de escape daquilo que o racional, o imposto (auto ou por terceiros), o processo de socialização ou mesmo o filtro social nunca ou muito muito raramente deixavam à mostra.

Mas a ti, sim a ti, mostrava-te tudo. Provocava-te até tremeres, , sentires, cresceres, perceberes, melhorares, acreditares, parares, recomeçares, até entenderes que tudo que aqui está tem tanto de assustador como de apiaxonante. E claro, dares-me "só" tudo isto de volta. Mesmo que não saibas ou que não acredites que o conseguisses. Tenho a certeza. Daqueles "saberes" de "saber".

E sentiste-o porque eu senti-o. Tudo isto. Demasiado rápido para te e nos apercebermos. Mas passou. Se tivéssemos a capacidade de analisar segundos em milisegundos, olhares em profundidade, sorrisos que não vimos, cheiros que mal sentimos, energias em profundidade, tudo em câmara lenta... estaria lá bem visível. Mas lá porque não o vimos dessa forma, não significa que não se tenha passado.

Tanto em tão pouco. Tão pouco que pode ser tanto.

Inexplicável? Sim. Mas dos melhores momentos da minha vida, das melhores sensações sentidas, visões vistas, sons ouvidos ou cheiros cheirados eu não soube explicar. E o irónico? É que das melhores "epifanias" (sim, eu tenho epifanias...) que já tive na minha vida foi claramente assumir, entender, compreender e viver bem com o facto de que nem tudo é explicável nem eu perceberei tudo.

Somethings are just because.

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