sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A propósito...

People of This World,

«The very purpose of existence is to reconcile the glowing opinion we have of ourselves with the appalling things that other people think about us.»
- Quentin Crisp

Só porque fecha com chave de ouro o post anterior.

Mas mais porque não resisto a "mandar a boca" a quem sinta que esta frase se adequa no vice-versa:

«The very purpose of existence is to reconcile the appalling opinion we have of ourselves with the glowing things that other people think about us.»

Que bestialidade... :)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Have no idea

People of This World,

Minto no subject. Sei bem o que gostaria de aqui escrever mas sei ainda melhor que não posso.

A problemática do bloguista (se é que posso ter a presunção de me assumir como tal tendo em conta a pouca regularidade com que tenho escrito) é simples: O que é que se pode escrever sobre a nossa vida? Até onde nos devemos revelar, ou devemos deixar-nos sermos revistos nestas linhas?

Sei que a minha intimidade termina onde a dos outros começa (até ficou com piada esta frase! Pela mera troca de "liberdade" por "intimidade"... que belo momento de inspiração! E que insuportável momento de falta de modéstia...) e é ai que se situa a minha dificuldade em escrever sobre a minha vida quando me encontro em plena partilha da mesma com quem gosto e admiro mas acima de tudo respeito a todos os níveis.

E que implicação tem tudo isto na minha escrita? Fácil. Quando estou a viver os melhores momentos (ou os piores, mas desses prefiro que a minha história não reze) não escrevo sobre eles. Parece ridiculo. Parece e é. Pelo simples facto que acabei de reduzir a importância - todavia eternamente relativa - destas linhas ao seu mínimo possível e imaginário.

Só que já me começo a aperceber porque é que vim "aqui" hoje, a estas horas pouco saudáveis, neste momento pré-sonho, pré-descanso, pós dias passados na "minha" Londres.

Sou percepcionado como excessivamente egocêntrico.
E repito:
Transmito que sou confiante demais.
E "je dirais même plus" (dupont et dupont):
Consideram-me, com razão parcial, um arrogante.

Tenho, quero, vou mudar. Não pelo simples facto de o fazer, ou porque devemos todos cair num padrão de normalidade que não interfira com personalidades mais susceptíveis a ficar ofendidas, mas porque quem me chamou à atenção para este facto é alguem por quem nutro um carinho único, uma admiração muito grande, e um sentimento muito especial.

Só que não fiquei apenas por ai. Ela (ela quem? A cadela? hehe) despoletou todo o processo que me levou a tentar perceber por que é que o faço, por que é que o sou.

Não sei se cheguei à conclusão certa, mas aqui vai uma tentativa de auto análise meets psicoterapia domiciliária:

Sinto-me em avaliação constante. Por comparação ou não, por contra posição, isso já não sei. Mas sei que passa precisamente por isto. Por achar que de alguma forma estou sempre a ser avaliado, a ser "put to the test". Seja pela vida nos momentos familiares contra-natura que tive, ou no "trabalho", seja nesta situação, seja noutra altura qualquer, mas a verdade é que tenho a sempre presente sensação que, nem que seja por mim mesmo, estou sempre a ser avaliado.

Soa-me ridiculo. Até acredito que o seja.

Só que é verdade. Aprendi a defender-me desta forma, e se em certas alturas ou momentos pode ser das melhores armas, noutras começo a assumir (e foi perante ti que o fiz totalmente pela primeira vez) que tenho de me moderar.

E curiosamente, tenho de o fazer, pelo simples facto de que, sem falsas modéstias ou querendo parecer esquizofrénico e totalmente contraditório, eu sou uma optima pessoa. Sou um bom gajo, um excelente amigo, um incrível namorado, um sempre em evolução profissional, an all round nice guy with a twist of lemon on top. Desculpem, não volta a acontecer, but it's true I tell you, it's true ;)

Mas terminando o raciocinio dado que assumo que no meio de um momento totalmente Oscar Wildesco o sentido de tudo isto se possa ter perdido:
Não preciso de me posicionar como "mais-qualquer-coisa-do-que", ou sequer mencioná-lo, porque os actos têm sempre de falar por si. E eu sou suficientemente interessante através do que faço para ter de o melhorar na forma como o contei.

Confusos? Eu não. E ainda bem, porque eu escrevo por mim! hehe

Ah, mas fica, pela melhor das razões, pela essência deste post, ou mesmo para decifrar tudo o que aqui não ficou claro, este excerto adequadíssimo dum filme delicioso:




PS - Não deixo de ser fã do Mourinho ou ter como herói o Oscar Wilde! :)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A Message

People of This World,

Um texto que recebi e que não podia estar mais em sintonia com o meu estado de alma:

A Message by George Carlin:

«The paradox of our time in history is that we have taller buildings but shorter tempers, wider Freeways , but narrower viewpoints. We spend more, but have less, we buy more, but enjoy less. We have bigger houses and smaller families, more conveniences, but less time. We have more degrees but less sense, more knowledge, but less judgment, more experts, yet more problems, more medicine, but less wellness.
We drink too much, smoke too much, spend too recklessly, laugh too little, drive too fast, get too angry, stay up too late, get up too tired, read too little, watch TV too much, and pray too seldom. We have multiplied our possessions, but reduced our values. We talk too much, love too seldom, and hate too often.
We've learned how to make a living, but not a life. We've added years to life not life to years. We've been all the way to the moon and back, but have trouble crossing the street to meet a new neighbor. We conquered outer space but not inner space. We've done larger things, but not better things.
We've cleaned up the air, but polluted the soul. We've conquered the atom, but not our prejudice. We write more, but learn less. We plan more, but accomplish less. We've learned to rush, but not to wait. We build more computers to hold more information, to produce more copies than ever, but we communicate less and less.
These are the times of fast foods and slow digestion, big men and small character, steep profits and shallow relationships. These are the days of two incomes but more divorce, fancier houses, but broken homes. These are days of quick trips, disposable diapers, throwaway morality, one night stands, overweight bodies, and pills that do everything from cheer, to quiet, to kill. It is a time when there is much in the showroom window and nothing in the stockroom. A time when technology can bring this letter to you, and a time when you can choose either to share this insight, or to just hit delete...
Remember; spend some time with your loved ones, because they are not going to be around forever.
Remember, say a kind word to someone who looks up to you in awe, because that little person soon will grow up and leave your side.
Remember, to give a warm hug to the one next to you, because that is the only treasure you can give with your heart and it doesn't cost a cent.
Remember, to say, "I love you" to your partner and your loved ones, but most of all mean it. A kiss and an embrace will mend any hurt when it comes from deep inside of you.
Remember to hold hands and cherish the moment for someday that person will not be there again.
Give time to love, give time to speak! And give time to share the precious thoughts in your mind.
AND ALWAYS REMEMBER:
Life is not measured by the number of breaths we take, but by the moments that take our breath away.»

Está sensacional. Com ritmo, com uma forma só ultrapassada pelo seu excelente conteúdo.

Adequa-se a este blog, ao seu significado, e ao seu humilde autor de uma forma impressionante. De resto basta ver que a frase final é "só" um dos meus quotes preferidos de sempre num filme que acho hilariante: "Hitch".

Espero que tenham gostado tanto como eu.

Peace.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Maybe... just maybe...

People of this world,

«Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém.
Posso dar apenas, boas razões para que gostem de mim e ter a paciência para que a vida faça o resto...»
(William Shakespeare)

Sou fã incondicional deste senhor de Stratford-upon-Avon e cruzei-me com esta frase algures onde não devia, mas confesso que pelo timing decidi pô-la aqui.

Infelizmente não a encontrei em "thy fabulous olde English" mas pela pertinência tive de ir pelo Plano B e postá-la na mesma!

Apesar da passividade inerente à postura sugerida nesta citação - uma passividade com a qual discordo em absoluto na vida - não deixo de concordar em absoluto com Mr. Shakespeare. De facto se há algo que aprendi muito recentemente é que em relação ao amor - o verdadeiro e cada vez mais raro amor - ele existe, ocorre, surge, naquele momento chave, ou então é uma guerra perdida, de batalhas sangrentas e dolorosas.

Mas gosto da citação acima de tudo pela segunda parte. Por aquela que muito recentemente adoptei, me atrevi a ler, me atrevi a assumir.

E hoje em dia acredito plenamente que deve ser de mim, da minha pessoa, que têm de sair "as boas razões para que gostem de mim". Estão em mim as razões para estar bem, para poder ser apaixonante e simultaneamente poder me apaixonar "in return"... e o resto?

Bem o resto é a tal da paciência, "só", mas dessa tenho para dar e vender... ou já tive... ui, agora não sei... não, não, paciência eu tenho, então se for para ter "o" amor desse "alguem", é garantido.

(Da próxima prometo ser mais "mais" ;)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

The Science of Sleep

People of This World,

Há maneiras de começar o ano que podem ser mais ou menos ideais, que vão pautar o meu mote de campanha 2008 de querer pensar MAIS em mim (numa óptica não egocêntrica, numa perspectiva de evolução interna), alinhadas ou holísticamente perfeitas... e depois há momentos como estes.

Nem quero entrar em grandes pormenores sobre a envolvente, mas sendo curto e incisivo digo apenas que a companhia era a ideal (como já tinha sido noutros momentos bem marcantes e bem recentes), o sofá confortável, o jantar estava delicioso (sim, sim, fui eu que fiz...lol) e numa de me repetir... tinha de ser com ela e com mais ninguem que via este filme.

E que filme! Que viagem, que espectáculo esquizofrénico, do ponto de vista técnico de realização, do ponto de vista genial de criação, de todos os pontos de vista possíveis.

Adorei tudo. O sentido de humor que oscila entre a sagesse e o vulgar (e que vulgar tão invulgar!), o cruzamento entre sonho e realidade, a mistura entre o sorriso dela, o cheirinho, a presença dela ao meu lado e o festim de imagens na televisão, (oh no, wait, thats me impersonating Stéphane, pero que pasa que estoy mesclando realidade con suenos, y... Je parle aussi des langues diferents?) mas acima de tudo os sonhos que me provocou, os flashbacks da minha própria vida, as introspecções despoletadas.

Quero escrever outro post com tudo de MAIS que o filme me provocou... agora quero só dizer que é fenomenal por tudo o que se passa na nossa cabeça enquanto tanto se passa no ecrã.

As duas dimensões (realidade e sonho) presentes no filme, misturaram-se com uma terceira (a minha realidade) e pelo meio ainda tocou numa quarta (os meus sonhos)... mas ai está, fica para outro post.

Obrigado Michel, mas acima de tudo obrigado Milady pelo presente (e por este momento do "passado").

Over and Out.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

More + Mais

People of this world,

Não será totalmente por coincidência que começo este (novo) blog nesta data.

Não deixa no entanto de ser curioso que em cerca de 26 anos de existência nunca liguei muito à passagem de ano, aos seus rituais, à sua celebração ou sequer ao seu significado associado às resoluções, promessas ou novas atitudes. Mas este ano é diferente...

Quero lançar um mote, um conceito para a "campanha anual" que 2008 representará na minha vida. Um estado de espírito que me permita - que me obrigue - a crescer, a mudar, a melhorar, acima de tudo a ser MAIS.

MAIS em tudo. MAIS na vontade de querer aprender. MAIS para os outros.

E por agora mais não direi nem escreverei. Vemo-nos por aqui.

Obrigado.