terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Monkey Business

To Whom It May Concern,

Uma visão talvez demasiado pessimista para o "tom" que gosto de dar à minha vida, no entanto não deixa de colocar algumas questões em perspectiva tão simples quanto:

"other animals can just be... happy"



Entre outros... mas deixo-vos com este "food for thought".

1 comentário:

Arwen disse...

"Ainda pior do que a convicção do não é a incerteza do talvez, e a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou nao amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas hipóteses que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna, ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia!", quase que susurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados, e o arco-íris em tom de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige, nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao nosso alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chances; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sofoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em si. Gaste mais horas realizando do que sonhando, fazendo do que planeando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morra esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Luís Veríssimo


p.s. TOMA!